A Marca Politicamente Incorreta!

O Contexto da Contracultura e o Politicamente Incorreto O conceito de contracultura surgiu como um movimento de contestação e resistência às normas sociais estabelecidas. Nos anos 1960 e 1970, movimentos icônicos como o hippie nos Estados Unidos, a Tropicália no Brasil e o Maio de 68 na França desempenharam papéis cruciais na subversão das convenções vigentes. Esses movimentos desafiavam padrões relacionados à política, sexualidade, moralidade e modos de vida, promovendo uma transformação profunda na sociedade. A contracultura se apresentou como uma resposta direta às expectativas conservadoras da época, propondo novas formas de pensar e viver. À medida que os anos passaram, a contracultura evoluiu e se diversificou, dando origem ao conceito de politicamente incorreto. Enquanto a contracultura procurava criar novas regras e sistemas de valor, o politicamente incorreto se manifesta como uma rejeição declarada às normas socialmente aceitas. Essa atitude é frequentemente marcada pelo uso do humor e do sarcasmo como ferramentas principais de provocação, desafiando o politicamente correto e a cultura de cancelamento. A linguagem politicamente incorreta tende a ser explícita e direta, não se preocupando em evitar tópicos controversos ou potencialmente ofensivos. Exemplos contemporâneos abundam, com marcas e figuras públicas adotando essa postura. Marcas como a Benetton e figuras da mídia como Ricky Gervais ilustram bem essa tendência. Enquanto Benetton se destaca por suas campanhas publicitárias que questionam questões sociais polêmicas, Gervais utiliza seu humor incômodo para abordar tópicos sensíveis sem rodeios. No entanto, essa abordagem raramente passa sem controvérsias. Críticas e debates públicos fervorosos frequentemente acompanham o politicamente incorreto, gerando discussões sobre os limites da liberdade de expressão e o impacto social dessas práticas. Os Riscos e Benefícios de Ser Politicamente Incorreto para as Marcas Posicionar-se como politicamente incorreto pode ser uma estratégia arriscada para as marcas, trazendo tanto perigos quanto oportunidades. Os riscos de adotar tal postura incluem a possível alienação de segmentos significativos do público-alvo. Por exemplo, um estudo de 2019 da Edelman revelou que 64% dos consumidores ao redor do mundo optariam por boicotar uma marca se acreditarem que ela está agindo de forma inadequada ou ofensiva. Isso inclui críticas públicas intensas nas redes sociais e na mídia, podendo resultar em boicotes que afetam diretamente as vendas e a reputação da empresa. Além disso, a gestão de crises torna-se crítica, uma vez que uma declaração ou campanha mal calculada pode amplificar a reação negativa contra a marca. Um caso notório é o da gigante do esporte Nike, que em 2018 enfrentou uma onda de boicotes após apoiar o jogador de futebol americano Colin Kaepernick. Embora inicialmente tenha havido um backlash, a empresa conseguiu converter a controvérsia em lucro, demonstrando que o gerenciamento eficaz da comunicação de crise pode reverter cenários desfavoráveis. Por outro lado, há benefícios potenciais em adotar uma postura politicamente incorreta. Entre eles, a marca pode atrair um nicho específico de consumidores que valorizam a autenticidade e a rebeldia. Esta abordagem pode gerar uma fidelização mais forte deste segmento, consolidando uma comunidade coesa de clientes que compartilham desses mesmos valores. O impacto positivo na visibilidade da marca também não deve ser subestimado, uma vez que campanhas controversas frequentemente atraem atenção midiática e viralizam nas redes sociais. Segundo um estudo da YouGov, 33% dos consumidores americanos afirmou se lembrar de anúncios controversos mais do que anúncios tradicionais e neutros. Casos de sucesso, como a ascensão da marca de vestuário Patagonia, que frequentemente desafia normas políticas e ambientais, ilustram como a autenticidade pode impulsionar o engajamento do consumidor e fortalecer a imagem a longo prazo. Em contrapartida, marcas como a Abercrombie & Fitch enfrentaram uma queda substancial em seu valor de mercado após uma série de comentários e decisões controversas que alienaram grande parte dos consumidores. Logo, embora ser politicamente incorreto possa resultar em riscos consideráveis, há também oportunidades de visibilidade e fidelização de nichos específicos. A chave está no balanceamento preciso entre autenticidade e sensibilidade, garantindo que a marca esteja preparada tanto para alavancar os benefícios quanto para mitigar os riscos.

A Marca Politicamente Incorreta: Revolucionando o Marketing e a Publicidade

O Que Define uma Marca Politicamente Incorreta? Uma marca politicamente incorreta é caracterizada pela disposição de desafiar normas sociais e quebrar tabus através de sua comunicação e campanhas publicitárias. Estas marcas se destacam ao evitar o convencional em favor de discursos que provocam reações fortes, tanto positivas quanto negativas. Historicamente, dezenas de empresas ousaram adotar essa abordagem, transcendendo os limites da publicidade tradicional para captar a atenção do público e da mídia. Um exemplo clássico é a Benetton, com suas campanhas controversas nos anos 90 que incluíam imagens de pessoas em situações extremas para abordar questões sociais como o racismo e a Aids. Em um contexto mais contemporâneo, a marca de fast fashion, Urban Outfitters, causou várias polêmicas com produtos e anúncios que muitos consideraram insensíveis. Estas marcas não têm medo de irritar ou ofender se acreditarem que isso resultará em maior notoriedade. A motivação por trás de adotar uma estratégia politicamente incorreta pode variar. Uma intenção comum é captar a atenção da mídia, gerando publicidade gratuita e viralidade nas redes sociais. Além disso, estas marcas muitas vezes visam atrair um público jovem, que valoriza autenticidade e ousadia, e tem afinidade com mensagens que confrontam o status quo. Tal abordagem pode revolucionar a imagem da marca, diferenciando-a num mercado saturado onde muitas tentam conquistar espaço seguindo soluções mais previsíveis. No entanto, as marcas politicamente incorretas correm também o risco de alienar consumidores mais conservadores e enfrentar boicotes. Portanto, a chave para o sucesso dessas campanhas está em equilibrar a audácia com propósito, assegurando que suas mensagens, apesar de provocativas, transmitam genuinamente os valores da marca. Os Riscos e Recompensas do Marketing Politicamente Incorreto O marketing politicamente incorreto pode ser uma espada de dois gumes. De um lado, essa estratégia pode provocar reações negativas intensas, incluindo boicotes, reações adversas nas redes sociais, e a potencial alienação de segmentos significativos do público. Marcas que optam por abordagens desafiadoras e provocativas devem estar preparadas para enfrentar a tempestade de críticas que pode surgir de consumidores e ativistas, que veem essas campanhas como insensíveis ou ofensivas. Boicotes são uma consequência em potencial que pode prejudicar significativamente uma marca. Quando uma empresa adota mensagens controversas, há uma probabilidade real de que grupos ofendidos iniciem campanhas para desfazer o dano percebido, incentivando o público a parar de comprar seus produtos. Na era das redes sociais, essa reação pode se espalhar rapidamente, aumentando a pressão sobre a marca. Além disso, a alienação de partes do público que não se identificam com a abordagem pode criar uma divisão entre a marca e seus consumidores tradicionais. No entanto, os riscos são equilibrados por recompensas potencialmente significativas. O marketing politicamente incorreto pode aumentar a visibilidade e o engajamento da marca, atraindo atenção por ser distinto e ousado. Marcas que conseguem navegar essa estratégia com habilidade podem construir uma base de fãs leais, que se identificam com a autenticidade e a coragem da empresa ao desafiar normas e expectativas. Essa abordagem pode ainda transformar a marca em um movimento cultural, influenciando conversações e atitudes de maneira profunda e duradoura. Estudos de caso mostram exemplos tanto de sucesso quanto de fracasso com campanhas politicamente incorretas. A Benetton, por exemplo, ganhou visibilidade mundial com suas campanhas polêmicas que abordavam questões sociais sensíveis, conquistando tanto elogios quanto críticas. Por outro lado, a campanha “Pepsi Kendall Jenner”, que pretendia retratar a marca como um facilitador de paz, recebeu uma reação esmagadoramente negativa, acusada de banalizar causas importantes. Portanto, é crucial que as marcas analisem cuidadosamente a decisão de adotar essa abordagem, considerando seu público-alvo e os valores que desejam comunicar. Uma estratégia bem executada pode levar a recompensas significativas, enquanto um passo mal pensado pode resultar em perdas graves. A chave está em encontrar o equilíbrio certo entre ousadia e sensibilidade.

A Marca Politicamente Incorreta: Uma Análise Crítica

O Conceito de Marca Politicamente Incorreta Uma marca politicamente incorreta é caracterizada por sua disposição a desafiar normas sociais, culturais e políticas estabelecidas. Essas marcas adotam uma postura que muitas vezes contrasta diretamente com o discurso dominante, provocando reações diversas tanto do público quanto de críticos. O conceito surge da ideia de confrontar o status quo, muitas vezes utilizando humor, ironia ou alfinetadas diretas para criticar ou ridicularizar aspectos da cultura mainstream. Historicamente, algumas marcas adotaram essa estratégia como uma forma de se diferenciar em mercados saturados. Por exemplo, nos anos 80 e 90, a marca de roupas Benetton gerou controvérsia com suas campanhas publicitárias provocantes, abordando temas complexos como racismo, guerra e crises humanitárias. Essas campanhas polarizavam opiniões, mas também geravam ampla visibilidade e discussões fervorosas. No contexto contemporâneo, marcas como a “Cards Against Humanity” exemplificam o conceito de politicamente incorreto. O jogo de cartas abraça humor negro e temas tabus, posicionando-se deliberadamente contra normas de “correção política”. Outras marcas podem adotar posturas politicamente incorretas para se engajar em conversas que muitas vezes são ignoradas pelas mídias tradicionais, ganhando assim um público fiel que valoriza a autenticidade e a ousadia de tais abordagens. As motivações por trás dessa estratégia variam. Algumas marcas buscam engajamento através da controvérsia, enquanto outras veem a politicamente incorreção como uma forma de expressar autenticidade ou reafirmar valores corporativos. No entanto, essa abordagem não é isenta de riscos. Ela pode alienar segmentos significativos do público ou atrair retaliações. Por outro lado, pode também solidificar uma base de clientes leal que aprecia a franqueza e o desafio às convenções sociais. Em suma, as marcas politicamente incorretas se destacam por sua disposição de caminhar na corda bamba entre inovação e controvérsia, utilizando uma postura desafiadora para marcar presença e se conectar com um público que valoriza a transparência e a ousadia. Desafios e Consequências das Marcas Politicamente Incorretas Marcas que adotam uma postura politicamente incorreta frequentemente encontram uma série de desafios e consequências. Um dos principais desafios é lidar com controvérsias que podem surgir devido ao seu posicionamento ou às suas campanhas de marketing. Essas controvérsias frequentemente resultam em boicotes de consumidores, críticas nas redes sociais e um impacto significativo nas vendas. Estudos de caso demonstram variados resultados para marcas politicamente incorretas. Por exemplo, a marca de roupa Abercrombie & Fitch enfrentou sérias reações negativas após comentários discriminatórios de seu CEO, o que resultou em boicotes prolongados e uma queda notável em suas vendas e valor de mercado. Por outro lado, existem exemplos como a marca de cerveja BrewDog, que embora adote um tom provocativo e muitas vezes politicamente incorreto, conseguiu solidificar uma base de clientes leais ao defender causas ambientalistas e sociais de forma autêntica. O impacto a longo prazo das estratégias de marketing que desafiam normas culturais e sociais tradicionais pode ser deletério. A reputação de uma marca pode ser gravemente danificada, dificultando futuros esforços de rebranding e recuperação de imagem. As considerações éticas também desempenham um papel crucial, uma vez que consumidores e investidores estão cada vez mais atentos às práticas e valores das empresas que apoiam. Algumas marcas, no entanto, têm conseguido se redimir ou ajustar seus posicionamentos em resposta a críticas. Um exemplo notável é a Nike, que enfrentou inicialmente reações mistas após o lançamento de campanhas com figuras controversas como Colin Kaepernick. A marca, entretanto, conseguiu transformar a má publicidade inicial em um fortalecimento de sua base de clientes e reconhecimento de que suas ações estavam alinhadas com a responsabilidade social e a sustentabilidade. Esses exemplos elucidam que, embora o caminho adotado por marcas politicamente incorretas possa ser repleto de obstáculos, existe um potencial de resiliência e adaptação. No complexo cenário atual, as empresas precisam considerar cuidadosamente suas estratégias para equilibrar autenticidade com responsabilidade social, a fim de manter a confiança e a lealdade de seus consumidores.

A Marca Politicamente Incorreta: Uma Análise Detalhada

História e Origem das Marcas Politicamente Incorretas As marcas politicamente incorretas surgiram como uma resposta irreverente e satírica às normas sociais e políticas estabelecidas. Em muitos casos, elas procuraram desafiar convenções, ridicularizar tabus e questionar a autoridade. Esses fenômenos começaram a ser mais proeminentes na cultura ocidental durante o final do século XX, especialmente em períodos de intensa transformação social e econômica. Inicialmente, essas marcas encontraram um nicho entre consumidores que procuravam se distinguir das massas. A Rebeldia contra o status quo e o desejo de chocar ou provocar reflexão eram fortes motivadores. A evolução dessas marcas não pode ser dissociada das mudanças nas atitudes sociais e políticas. Durante períodos de opressão ou censura, marcas que adotavam uma postura politicamente incorreta frequentemente funcionavam como veículos de resistência e liberdade de expressão. Exemplos históricos marcantes incluem, a Tittytainment, um conceito popularizado na década de 1990 para descrever produtos comercialmente exploradores, que desafiaram a percepção do entretenimento mainstream. A marca tornou-se um símbolo do anti-establishment e da crítica à cultura de consumo de massa. A aceitação ou contestação pública dessas marcas variou dependendo do contexto sociopolítico e da audiência. Durante tempos de crise e mudança, tais marcas frequentemente ganharam popularidade por capturar a insatisfação ou o espírito de inconformidade do momento. Entretanto, elas também enfrentaram resistência significativa, particularmente de grupos que acreditavam que tais marcas perpetuavam estereótipos prejudiciais ou promoviam o desrespeito. O papel da mídia na popularização dessas marcas foi crucial. A cobertura midiática, tanto positiva quanto negativa, serviu para amplificar a presença e a influência dessas marcas. De programas de televisão e filmes a notícias e redes sociais, a mídia proporcionou uma plataforma na qual marcas politicamente incorretas podiam se proliferar e alcançar audiências mais amplas, muitas vezes transformando controvérsias em catalizadores de notoriedade e sucesso. O Impacto e as Controvérsias das Marcas Politicamente Incorretas nos Dias Atuais Na era contemporânea, as marcas politicamente incorretas desempenham um papel ambíguo e multifacetado. De um lado, elas são vistas como catalisadores de diálogos e debates significativos sobre normas culturais e sociais. Ao desafiar o status quo, essas marcas podem provocar uma introspecção coletiva, incitando reflexões críticas sobre questões de identidade, justiça social e inclusividade. Essa abordagem pode fomentar um ambiente onde a autoavaliação se torna uma prática comum, forçando tanto as empresas quanto os consumidores a reconsiderarem seus valores e pressupostos. Por outro lado, o impacto negativo dessas marcas não pode ser subestimado. A perpetuação de estereótipos, a marginalização de grupos específicos e a propagação de ofensas são consequências tangíveis. Em muitos casos, o uso de humor ou linguagem ofensiva pode reforçar preconceitos antigos, dificultando o progresso em direção a uma sociedade mais equitativa e inclusiva. Essas práticas muitas vezes resultam em controvérsias, com reações fervorosas do público, que variam desde a indignação até campanhas de boicote. Casos recentes oferecem um panorama claro dessa dinâmica. Marcas como Pepsi e H&M enfrentaram críticas intensas ao lançar campanhas publicitárias insensíveis, levando a um escrutínio público significativo. As repercussões foram notáveis: além de um declínio na confiança do consumidor, houve impacto direto nas vendas e na percepção de marca. As respostas das empresas geralmente envolveram pedidos públicos de desculpas e iniciativas de responsabilidade social para reparar os danos causados, embora a eficácia dessas ações seja frequentemente questionada. As redes sociais têm um papel central na amplificação dessas discussões. Plataformas como Twitter e Instagram permitem que as opiniões se disseminem rapidamente, transformando controvérsias locais em debates globais. Ao mesmo tempo, essas plataformas possibilitam que as marcas politicamente incorretas busquem novas estratégias para manter sua relevância. Isso inclui a adaptação de suas mensagens, o envolvimento com influenciadores e a implementação de campanhas de conscientização que abordam diretamente as críticas recebidas.

A Marca Politicamente Incorreta: Desafios e Oportunidades

Raízes do Politicamente Incorreto As raízes de uma abordagem politicamente incorreta em estratégias de marketing podem ser encontradas na necessidade das marcas de se diferenciar em um mercado saturado. Essas marcas, muitas vezes, desafiam normas sociais e culturais estabelecidas, utilizando a provocação e o humor como ferramentas para se destacar. A marca Benetton, por exemplo, nos anos 90, adotou essa estratégia em suas campanhas publicitárias, abordando temas polêmicos como racismo e homofobia de forma direta e provocativa. Essas campanhas não só chamaram atenção, como também geraram intenso debate público. O contexto histórico é determinante para compreender a eficácia dessa abordagem. Durante décadas, as normas sociais e culturais foram desafiadas por movimentos contra a opressão e pela igualdade. Em resposta, algumas marcas decidiram se posicionar de maneira controversa para ressoar com consumidores que buscam autenticidade e transparência. Ao adotar uma postura politicamente incorreta, essas marcas muitas vezes se aproximam de um público que valoriza a sinceridade, mesmo que ela venha acompanhada de controvérsia. A provocação e o humor funcionam como um catalisador para atrair a atenção e manter a marca na pauta das discussões sociais. Entretanto, essa estratégia não está isenta de riscos. A controvérsia gerada pode resultar em boicotes e na alienação de segmentos significativos do mercado consumidor. Marcas que optam por essa abordagem precisam estar preparadas para enfrentar reações adversas e, em alguns casos, prejuízos financeiros. Contudo, os benefícios potenciais incluem a construção de uma base de consumidores leais e engajados, dispostos a defender a marca em face de críticas. Em conclusão, a escolha de uma abordagem politicamente incorreta em marketing envolve um delicado equilíbrio entre riscos e recompensas. Se bem executada, pode resultar em uma forte conexão emocional com um público específico, mas não sem enfrentar desafios significativos ao longo do caminho. Impacto e Reações: A Resposta do Público e do Mercado As marcas politicamente incorretas, ao desafiarem normas e expectativas culturais, frequentemente causam um impacto significativo no público e no mercado. Casos recentes mostram uma gama de reações, que podem variar de apoio fervoroso a críticas severas. Por exemplo, marcas como a Ben & Jerry’s, que frequentemente se posicionam sobre questões sociopolíticas, receberam tanto elogios por sua coragem quanto críticas por se envolverem em controvérsias fora do seu escopo tradicional. Em termos de reações negativas, algumas marcas enfrentam boicotes e campanhas de cancelamento, o que pode causar danos temporários ao seu valor de mercado e reputação. Por outro lado, essas marcas conseguem captar a atenção de um público específico que valoriza autenticidade e coragem de expor suas opiniões. Isso pode resultar em um aumento de lealdade entre consumidores que compartilham desses valores. Para lidar com crises e controvérsias, é fundamental que essas marcas implementem estratégias de comunicação eficazes. Transparência e a disposição para diálogo são essenciais. Empresas como a Nike, que se envolveram em debates sobre direitos civis, mostraram que assumir uma posição pode ser uma estratégia de risco, mas que, quando bem gerenciada, fortalece a imagem da marca. A amplificação das reações nas redes sociais é um fator determinante. Plataformas como Twitter e Instagram permitem que as respostas se disseminem rapidamente, afetando a percepção da marca em tempo real. A opinião pública pode variar substancialmente entre diferentes faixas etárias e demográficas, com grupos mais jovens, muitas vezes, sendo mais receptivos a posicionamentos ousados. O futuro das marcas politicamente incorretas é incerto. Elas precisam equilibrar o ato de desafiar status quo com a crescente sensibilidade às questões de justiça social e inclusão. Enquanto algumas marcas poderão se sustentar e até prosperar ao adotar posturas autênticas e corajosas, outras poderão observar uma redução em seguidores devido ao desgaste nas relações públicas. Nesse cenário, a capacidade de adaptação e uma comunicação honesta continuarão a ser os pilares do sucesso.

A Marca Politicamente Incorreta: Desafiando Normas e Criando Tendências

O que é uma Marca Politicamente Incorreta? Uma marca politicamente incorreta é aquela que desafia explicitamente as normas culturais e sociais estabelecidas, frequentemente utilizando humor, irreverência ou controvérsia para captar a atenção do público. Esse tipo de marca procura se destacar em um mercado saturado ao quebrar tabus e abordar temas considerados sensíveis ou polêmicos. A abordagem pode variar desde mensagens publicitárias provocativas até produtos que questionam as convenções sociais e culturais. O contexto cultural e social em que essas marcas surgem é geralmente caracterizado por uma crescente polarização e debates sobre temas como igualdade de gênero, direitos das minorias e questões ambientais. Enquanto algumas marcas optam por um posicionamento mais seguro para evitar controvérsias, as marcas politicamente incorretas percorrem um caminho oposto, usando a polêmica como uma estratégia de marketing deliberada. Marcas como Ben and Jerry’s e Diesel são exemplos que adotaram esse tipo de abordagem, não hesitando em abordar tópicos controversos em suas campanhas e produtos. A estratégia de marketing dessas marcas muitas vezes gira em torno da autenticidade e de uma postura anti-establishment. A irreverência e o humor são usados como ferramentas para criar uma conexão emocional e, ao mesmo tempo, destacar uma diferenciação clara em relação aos concorrentes. Embora essa estratégia tenha o potencial de atrair um público fiel que valoriza a ousadia e a originalidade, ela também enfrenta críticas intensas e pode alienar segmentos do mercado que preferem mensagens mais neutras e convencionais. As vantagens dessa abordagem incluem uma maior visibilidade e uma conexão mais intensa com um nicho específico de consumidores. No entanto, as desvantagens não podem ser ignoradas, já que a tentativa de ser politicamente incorreto pode resultar em boicotes, publicidade negativa e, em alguns casos, ações legais. Em última análise, as marcas politicamente incorretas devem estar preparadas para navegar em um terreno complexo, pesando cuidadosamente os benefícios e os riscos de sua abordagem audaciosa. Os Desafios e Oportunidades de Ser Politicamente Incorreto As marcas que optam por uma postura politicamente incorreta enfrentam uma série de desafios complexos no mercado moderno. Em primeiro lugar, há o risco significativo de backlash do público, uma resposta negativa que pode resultar em boicotes, campanhas de difamação e, em casos extremos, a queda da reputação da marca. Os consumidores atuais, cada vez mais atentos e proativos, frequentemente utilizam as redes sociais para expressar rapidamente suas insatisfações e organizar ações coletivas, aumentando o impacto desse backlash. Além disso, as plataformas de mídia social podem censurar conteúdos considerados inadequados, limitando a visibilidade e a divulgação das campanhas de marketing. Outro desafio crítico é o equilíbrio entre ousadia e responsabilidade social. As marcas politicamente incorretas precisam caminhar na tênue linha que separa o provocador do ofensivo, sem ultrapassar limites legais ou éticos, como regulamentos publicitários e normas contra discurso de ódio. Nessa perspectiva, ações que fazem uso de humor ácido e crítica social devem ser planejadas com extrema cautela para evitar interpretações equivocadas que possam resultar em processos judiciais ou danos irreparáveis à imagem. Em contrapartida, existem oportunidades valiosas associadas à adoção desse posicionamento. Uma marca politicamente incorreta pode desenvolver um nicho de mercado leal, composto por consumidores que se identificam com uma comunicação transgressora e autêntica. Essas marcas têm a potencialidade de viralizar campanhas, uma vez que conteúdos ousados e provocativos tendem a ser compartilhados rapidamente, ampliando consideravelmente o alcance e o engajamento. Exemplos notáveis incluem a marca de moda Diesel, que frequentemente utiliza campanhas irreverentes para se destacar no mercado competitivo. Apesar de enfrentar ocasionalmente críticas, a Diesel tem conseguido manter um público fiel e engajado. Similarmente, a marca de bebidas Red Bull, com seu marketing audacioso e voltado para esportes radicais, também ilustra como é possível aproveitar oportunidades e fortalecer a identidade da marca, mesmo no enfrentamento de riscos inerentes ao tom politicamente incorreto. Em síntese, o desafio central de ser uma marca politicamente incorreta reside no manejo dos riscos associados à sua postura provocativa, mas, quando bem-sucedida, essa abordagem oferece oportunidades significativas no que diz respeito à criação de um público leal e à viralização de campanhas.